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31 de julho de 2014

Entrevista #8: J. A. Marcos

Oi pessoal! Hoje eu trago mais um especial para o lançamento de "Estrelas Cadentes Não Dizem Adeus", hoje é o lançamento oficial, se você quiser já pode encomendar o seu exemplar AQUI ou AQUI.ou com o J. A. Marcos na página do facebook.

O que temos para hoje é uma entrevista super interessante com o autor. A história dessa entrevista é bem interessante, todos os blogueiros, reunidos em um grupo, laçou sua questão e fomos interagindo como em um bate-papo casual com o J. A. Marcos, uma experiência muito legal!


1- Marcos como se sente no dia do lançamento nacional do seu livro?  (Nicole, IdeiasTrocadas

Marcos: Estou mega ansioso. Só em imaginar que todo mundo vai conhecer meu trabalho, vai poder ler, gostar, ou não, dos personagens, ter uma opinião própria e aprender algo novo com o livro me faz uma sensação muito boa. É como saber que terei meu trabalho recompensado em ver que as pessoas estão lendo e que estão tendo uma opinião sobre ele. Não importa se positiva ou negativa. Espero que seja positiva.

2- Como você descobriu que queria ser escritor? E quais são as suas inspirações para escrever? (Ana Carolina, Cupcake de Letras

Marcos: Eu sempre gostei de escrever, desde sempre. Mas foi lendo que eu senti um desejo de também criar um mundo meu, de criar meus próprios personagens e dar a eles o destino que eu achasse justo. Quando eu li Harry Potter esse desejo aflorou mais ainda. Eu descobri que eu queria fazer aquilo, que eu queria fazer magia, e se não fosse como o protagonista do livro, seria como a autora do mesmo. Usando a caneta pra criar um mundo e a imaginação pra levar todo mundo pra dentro dele.


3- Você teve apoio dos familiares e amigos enquanto escrevia? (Mirelle, Meu Mundoem Tons Pasteis)

Marcos: Eu escrevi um pouco na surdina. Meus familiares nem sabiam que eu estava escrevendo um livro, nem meus amigos. Apenas quando terminei é que eu vim contar sobre meus planos e sonhos de publicar. Muitos deles só ficaram sabendo do livro quando ele já havia sido aprovado por uma editora, e olhe que isso levou tempo. Mas, tive muitos amigos que estiveram me apoiando desde sempre, em todos os "nãos" das dezenas de editoras. Foram mil sensações em uma, a de estar só, a de ter apoio, a de não ter tanto apoio assim. De tudo um pouco, mas no fim todo mundo curtiu. 

4- Como surgiu a ideia para escrever ECNDA e quanto tempo demorou o processo de criação da
narrativa? (Adriano, Geração_Leitura.com)

Marcos: Eu estava escrevendo o primeiro livro de uma saga, cheia de anjos, demônios, seres sobrenaturais e coisas do tipo. Mas, do nada, me veio uma vontade tremenda de escrever um romance, e eu tenho um grave problema de ter ideias no meio de projetos e acabar por não concluir os projetos anteriores. Já tinha decidido que essa saga eu iria terminar sem me apegar a nenhum novo projeto. Porém, a ideia ficou martelando na minha cabeça, abri um novo documento e do nada nasceu o primeiro capítulo do livro. 

A Emily apareceu completamente formada na minha frente, cega, professora, com 23 anos, cabelos encaracolados, linda e feliz. Me apeguei a ela e daí decidi que só voltaria pra saga quando terminasse o romance. Abandonei tudo que estava fazendo e cai de cabeça. Levei cerca de 1 ano pra ter o livro completamente finalizado e pra começar a correr atrás de editoras. Sempre voltava e fazia algumas alterações e correções, mas foi esse o tempo médio do primeiro ao último capítulo.


6- Como encontrou a voz para Emilly em ECNDA? Ela surgiu antes ou depois de desenvolver o arco da história? Qual dos processos foi mais fácil? (Daniela, AThousand Lifetimes

Marcos: Essa pergunta é bem interessante, porquê na minha cabeça a Emily já nasceu completamente formada. Eu já tinha o formato do rosto dela, a voz, a forma como ela se comportava. Foi como encontrar uma pessoa de repente, você olha e observa todas as características. Quando eu peguei meu computador e decidi que ia escrever um romance desta maneira ela veio pronta. A única coisa que mudou foi o nome dela, que inicialmente se chamava Clara. Mas, pra não ficar clichê uma cega se chamando Clara, optei por mudar. Além disso eu sentia que faltava alguma coisa, esse ainda não era o nome certo pra ela, e por fim veio a luz, que trouxe o nome da Emily pra mim.

7- Pode dizer sobre que passagem foi mais fácil e qual foi mais difícil de desenvolver e por em palavras? Olha lá, sem spoilers, Marcos! (Daniela, A ThousandLifetimes

Marcos: Eu adoro soltar spoilers, mas esse livro eu estou me contendo ao máximo para me controlar. [risos] Todo ele foi um pouco complicado, a Emily é uma garota cega. Eu enxergo muito bem, mais do que o normal. O único problema de visão que tenho é o astigmatismo, mas isso não me impede de enxergar muito bem, ao meu ver. O primeiro desafio foi: como criar uma história todo em primeira pessoa com uma protagonista cega? Gente, isso é praticamente impossível. Como ela vai descrever as coisas, e mais ainda, como as pessoas vão se envolver com coisas que nem a própria protagonista enxerga? Mas, eu sou movido a desafios, e isso me motivou bastante. 

Tudo foi muito divertido, mas teve sim um momento muito difícil, lá pelos últimos capítulos, por sinal. No início do livro eu já tinha tomado algumas decisões, mas às vezes as coisas não são tão fáceis de serem colocadas em práticas. A gente se pergunta se é isso mesmo que a gente quer pra nossa vida, pra vida dos nossos filhos, porquê a Emily é uma filha que eu embalei durante todo o tempo de criação do livro e que agora entrego ao mundo. Respirei fundo e fiz o que tinha que fazer, agora eu entrego ela e companhia a vocês, cuidem bem deles, assim como verão que eu cuidei.


8- Você conversou com alguém que também fosse cego par compreender melhor as limitações dele? Você fez pesquisa de campo? Leu entrevistas, assistiu depoimentos ou similares? Conte-nos um pouco da sua experiência, qual a contribuição de Emily para a sua vida. (Cila, Cantinho para Leitura)

Marcos: A primeira referência que tive foi a professora de história que me ensinou na quinta série. Ela era cega assim como a Emily. Além disso fiz inúmeras pesquisas, tanto com grupos de apoio a deficientes visuais, quanto conversando com algumas pessoas que possuem essa deficiência. Com eles aprendi muita coisa e pude enriquecer o livro com o que eles passaram. Aprendi muita coisa que eu nem sabia que existia. Esse livro é muito rico em informação. Do mesmo jeito que eu me surpreendi acredito que vocês também vão se surpreender, porque todos os fatos são coisas que as pessoas com deficiência passam e nós nem nos damos conta.

9- Eu vi que o livro já foi traduzido para o inglês, onde além do Brasil ele será lançado? (Angélica, Entre Livros)

Marcos: A editora está negociando essa parte de publicação, Como os nossos livros, tanto o português quanto o inglês, também serão lançados em ebook, então já podemos garantir que eles poderão ser encontrados na Amazon facilmente, o que significa que o mundo inteiro terá acesso ao livro, já que a Amazon é uma das, se não a maior, loja de ebooks do mundo. Além disso, para as versões físicas, a Uno está preparando algumas surpresas que em breve ficaremos sabendo.


10 - Nos conte um pouco sobre o que os leitores podem esperar dessa história e como você espera que seja a reação deles. (Daniela, A Thousand Lifetimes

Marcos: Eu espero que o livro traga uma experiência nova pra esses leitores que leem e que buscam sempre aprender algo novo. As experiências da Emily vão mostrar a vida por um outro ponto de vista, literalmente. Por enquanto todas as criticas que vieram foram positivas, mas estou tentando me preparar para tudo, porque sei que não vou agradar a todo mundo. Porém, se uma parte desse público puder sentir o mesmo que eu senti ao escrever eu já ficarei satisfeito. Se a Emily e o Mat tocar um pouco o coração de vocês e fazer com que enxerguem o mundo de uma maneira mais leve, mais bonita, eu acredito que terei feito meu trabalho.

11- Qual pensamento te motiva a nunca desistir? (Adriano, Geração_Leitura.com)

Marcos: Levei dezenas de “nãos”, mas sempre que pensava em desistir eu lembrava daqueles autores que admiro, como a J.K.Rowling, por exemplo. Se ela, que pra mim é uma das melhores do mundo literário, levou dezenas de nãos, porquê que pra mim seria fácil? Eu sempre lembro disso quando fraquejo. Que as coisas só vem com dificuldade, e que são essas dificuldades que fazem com que o gostinho da vitória seja muito mais saboroso.


12- Tem algum cantor/músico/banda que te inspira? (Cassy, We Want Dreaming


Marcos: Eu gosto de um pouco de tudo. Sou bem eclético. Vou desde o forró da banda Limão com Mel, ao axé de Ivete e o Pop de Justin Timberlake. A Emily, por exemplo é fã do Justin. Assim como o Mat gosta do Rock do Kansas. Então, posso dizer que a música me inspira e eu sou aberto a qualquer gênero, desde que a letra me agrade.

E aí amigos, curtiram a nossa entrevista? Eu, particularmente, fico cada vez mais curiosa com as personagens e com os caminhos que as histórias deles vão tomar. Se você quiser conferir os primeiros capítulos do livro pode clicar AQUI!

Séries #2: Rendendo-me a Reign!

Oi amigos! Tudo bem com vocês, espero que sim!

Há dois dias eu comecei a assistir uma "nova" série e estou embriagada pelo que tenho visto! Reign é produzida pela CW TV e conta a história de Mary Stuart, rainha da Escócia, que aos seis anos de idade foi prometida em casamento ao príncipe Francis, da França, uma aliança suposta a proteger seu reino, seu povo e a sei mesma da dominação Inglesa. A série propõe narrar a história de Mary a partir da sua adolescência, quando ela vai para a corte francesa, durante seu noivado com Francis. Muitas intrigas, conspirações, inimigos e forças ocultas tomam conta da Corte Francesa nesse período, fruto dos jogos políticos.






 





Pois é... lá vou eu já shippando Frary, mesmo sabendo que, historicamente eles não tem um destino muito feliz. Mas é inevitável. Inevitável.



A apenas 4 episódios eu já estou extremamente encantada pela produção. Atuações autenticas, figurinos esplendidos, cenários majestosos e um roteiro com bastante coerência interna. A relação de Mary e Francis ganha grande parte do enfoque porque os conflitos de interesses formam-se ou resolvem-se por ela. Eles possuem uma amizade significante, apesar de Francis não aparentar muito favorável ao casamento a menos que seja o melhor para a França, inicialmente. Mary também se reconhece como a figura do seu país, entende que tem de fazer o que for preciso em nome da Escócia. Essa consciência das personagens é algo que eu considero bastante fidedigno no roteiro. Mas com o tempo, o laço que Mary e Francis alimentaram desde crianças parece se tornar mais forte e mais intenso do que a simples aliança de seus países. 






Eu já comentei várias vezes por aqui como eu sou fascinada por contextos históricos, razão pela qual muitos aspectos em Reign têm sido bastante atrativos em mim. Entretanto o seriado possui também seu toque peculiar, podemos perceber por alguns designes dos figurinos e pela escolha da trilha sonora que a produção possui sua marca de contemporaneidade, o que me agradou como um conjunto da obra. Aparentemente a série conquistou também um vasto público e está sendo preparada para o seu retorno com a segunda temporada. Espero que a qualidade desses primeiros episódios se mantenha, afinal até este ponto, é um seriado que eu recomendo.

30 de julho de 2014

Resenha #17: Cidade de Vidro - Cassandra Clare (Os Instrumentos Mortais, Vol.3)




Título/Título original: 
 Cidade de Vidro/City of Glass
Autor: Cassandra Clare
Editora: Galera Record
Ano de lançamento: 2012
Status: Série Os Instrumentos Mortais
#3 Cidade de Vidro
#4 Cidade dos Anjos Caídos
#5 Cidade das Almas Perdidas
#6 Cidade do Fogo Celestial
Páginas: 474
Skoob/Goodreads: Link1 / Link2
Onde encontrar: Saraiva

ATENÇÃO: essa resenha contem spoilers do enredo dos volumes anteriores.

Após a épica batalha contra Valentim no navio, o mundo dos caçadores de sombras está alerta quanto à grande ameaça que se aproxima, pois aquele está cada vez mais perto de ser bem sucedido em seus planos. Valentim quer acabar com os membros do submundo, mas não apenas isso, ele quer purificar a Clave, os Caçadores de Sombras. Aqueles que tiverem qualquer inclinação pelos membros do submundo é um ser corrompido e não tem lugar na nova era a que ela aspira.

Vou logo dizendo que essa crença de Valentim e suas palavras persuasivas me lembram muito a forma como eu imagino que Hitler tenha agido, felizmente não são tantas pessoas que acreditam cegamente nele, não depois da Ascensão pelo menos. Parece que a história mundana ensinou alguma coisa aos Caçadores de Sombras ao final. Fico pensando qual seria o cenário que Cassandra desenvolveria para os Caçadores de Sombras no período do nazifascismo. Minha imaginação...

Bom, voltemos ao enredo de "Cidade de Vidro". Sabendo disso, a Clave é convocada em Idris, o lugar onde deve residir o terceiro instrumento mortal, o lar dos Caçadores de Sombras. Os Lightwood e Jace estão se preparando para viajar para Alicante. Clary quer ir junto, mas não pela reunião, e sim para encontrar alguém que finalmente a ajudara a despertar Jocelyn, sua mãe. No entanto, Jace não quer que sua irmã vá para Idris, primeiro por causa da ameaça de Valentim que paira por lá, segundo porque ele teme que a Clave vá querer usá-la como arma, caso descubram seus talentos especiais com os símbolos.


Vocês já devem imaginar que essa história de Jace querer poupar Clary não vai funcionar, muito pelo contrário: as consequências são astronomicamente desastrosas. Isso mesmo, sintam o nível do drama. Antes mesmo de partirem por um portal criado por Magnus no Instituto, os Lightwood sofrem um ataque e têm que atravessar ás pressas e começa a confusão. Clary ficou para trás, o portal foi fechado, Simon viajou com os demais. Não vou dizer mais para não tirar a emoção de descobrir como essa cama de gato se armou.

Claro que Clary não ficou feliz em ser deixada para trás. E ela dá seu jeito de chegar até Alicante. PELO ANJO, CLARY! \o/ Essa sua impulsividade é irritante, desesperadora. Mais umas doses de problemas se acumulam: agora Clary chegou à Idiris sem supervisão, Simon que é um membro do submundo está na cidade sem a devida permissão... e Luke está praticamente na mesma situação. Culpa, direta ou indireta, de quem? Clary!


Bom, a estadia dos nossos estimados Caçadores de Sombras & Cia. não é nada divertida. Clary e Jace tem um reencontro muito tenso, Simon eu nem comento, alguns novos personagens são simpáticos demais ou de menos e nós já devíamos ter aprendido, a essa altura, que isso nunca é bom sinal. A meio caminho da leitura as coisas estão literalmente pegando fogo. Mais uma vez Cassandra Clare traz situações, cenários e plot twists épicos! Yeeeeeeah! \o/ Os visuais descritos para Alicante são arrebatadores, toda a cultura dos Caçadores de Sombras presente ali é instigante, aliás fiquem bem atentos às referências, é tudo o que digo.

O enredo tem base na resolução dos problemas com Valentim, mas o foco da história acaba sendo transferido para os relacionamentos de Clary e Jace, algo esperado uma vez que eles são os filhos do grande antagonista. “Cidade de Vidro” é um livro de surpresas e revelações e eu só posso ficar extasiada com a história de Cassie desenvolveu. *o* Os dois irmãos se atritam constantemente e, à medida que são levados a encarar alguns fatos juntos, quase entram em combustão. A relação construída para os dois nesse livro, no inicio tem aquela coisa meio cansativa, como aconteceu em “Cidade das Cinzas”, e aí evolui para um doce pesar. Sabe? Dolorosamente errado, inebriante e, ainda, certo. Enquanto eu lia essas passagens “Clarity” ficava tocando no fundo da minha mente.


Há algumas perdas em todo esse caos, dolorosas. Às vezes parecia que nem mesmo uma centelha de esperança sobreviveria. O que se seguia era esperado até certo ponto, e então totalmente inesperado para mim! O crescimento que algumas personagens tiveram nesse livro foi algo admirável, tanto pra personagens antigos, quanto para aqueles introduzidos nesse volume. Além disso a narrativa de Cassandra está melhor: certeira, profunda, de tirar o fôlego. Gostei muito, muito mesmo do 3º volume de Os Intrumentos Mortais, fiquei satisfeita com o desfecho a ponto que estou com certa resistência para ler “Cidade dos Anjos Caídos”.

A edição da Record foi bem feita: boa fonte, boa arte, semelhante aos volumes anteriores. Mas alguns pouquinhos deslizes na pontuação dos diálogos passaram e às vezes ocorreram falhas na impressão, apagando partes das palavras. Mas nada disso atrapalha a leitura. Enfim, se você já leu “Cidade das Cinzas” continue, leia “Cidade de Vidro” o quanto antes. O conteúdo do livro o tornou um dos meus favoritos, tanto que eu levei mais de um mês até conseguir  fazer uma resenha um tanto decente para ele, por que é tão difícil resenhar algo que gostamos? Bom, espero que tenha ficado legal.

Como eu disse, “Clarity” de Zedd ft. Foxes é uma música bastante referencial para Clary e Jace nesse livro para mim, então preparei algo para vocês...



29 de julho de 2014

Especial #22: Lançamento de "Estrelas Cadentes Não Dizem Adeus", do J. A. Marcos

Oi gente! Essa semana vamos ter alguns conteúdos especiais aqui no blog, porque é véspera do lançamento de Estrelas Cadentes Não Dizem Adeus, do parceiro J. A. Marcos! Vamos falar um pouco mais da história, das personagens, do autor e de literatura, e muitas novidades vão rolar! Preparados? Para começar, vamos relembrar alguns pontos chave!

Estrelas Cadentes Não Dizem Adeus - J. A. Marcos


Emily é uma jovem de 23 anos, professora de história, que mora com seus pais e seu irmão caçula, Jason. Tudo seria perfeito em sua vida se não houvesse um pequeno detalhe: ela é cega. Mesmo assim ela se tornou uma garota independente, que em meio as dificuldades conseguiu superar o fato de não enxergar e consegue levar uma vida normal. Porém, Emily ainda tem dificuldade em conseguir manter seus relacionamentos amorosos, devido aos preconceitos em relação a se envolver com homens que se diferenciem de seu estilo de vida. Mas o destino colocará Mathew no seu caminho, seu mais novo vizinho: jovem, bonito, com sede de viver. Com 21 anos, Matt, como gosta de ser chamado, adora andar em sua moto, tem uma tatuagem que toma todo o seu braço, e acaba de se encantar pela beleza rara de Ems. Ela é tudo que ele sempre quis, ele é o oposto de tudo que ela sempre imaginou querer. Um romance divertido, com pitadas de humor e um pouco de drama. Uma grande lição de vida, mostrando em seu contexto as dificuldade de se viver em uma sociedade que não está preparada para abraçar as pessoas com deficiência. “Estrelas cadentes não dizem adeus" traz uma história envolvente, narrada sobre o ponto de vista da própria protagonista, com um final surpreendente, capaz de fazer você se emocionar, torcer e chorar.

Lançamento dia 31 de julho de 2014 \o/

Pré-venda:  AQUI ou AQUI.
Perfil do livro no Skoob.

O Autor






J. A. Marcos. Um cara que a cada dia fica mais jovem, criança, brincalhão, de bem com a vida. Que vê as coisas boas em tudo que acontece e tem um olhar do futuro repleto de sonhos e esperança. Viciado em séries e em cinema e fã incondicional da Disney, como toda criança deve ser. Apaixonado pela sua esposa e pelos seus filhos e amigo dos seus amigos. Enfim, um maluco legal, que adora encarar novos desafios e ama escrever, mais ainda, ama ver as pessoas comentando o que ele escreveu e dando opiniões.



Opiniões de leitores

“Assim como há ponto certo para saber se a água já ferveu o bastante, esse é ponto para perceber que o autor... É um ótimo autor. Quando ele cria personagens tão completos que são capazes de despertar diferentes impressões em cada leitor. E o livro está cheio deles.”

“Viaje com Emily e aprenda a apreciar o mundo de outra forma, através de cheiros, emoções, tato e principalmente sensibilidade em ver a essência real das pessoas!”



E tem uma MEGA promoção rolando! Clique AQUI e saiba como participar!!!

28 de julho de 2014

Interesses Literários #5


Oi amigos! Há quanto tempo não temos uma coluna dessas por aqui, não é mesmo? Adivinhem só o que aconteceu nesse período? Isso! Minha lista de livros desejados cresceu. Como vocês são espertos! Primeiramente devo confessar que alguns dos livros citados nos "Interesses Literários" anteriores já fazem parte da família feliz que é a minha estante, estou pensando em fazer um Book Haul e mostrá-los a vocês, afinal qual o propósito de uma lista de desejos senão que sejam concretizados? Mesmo que não os leia agora, com certeza o farei. Enfim, vamos ao TOP 5 dessa coluna, alguns livros que eu tenho desejado muito da Editora Seguinte.

1- Cartas de amor aos mortos - Ava Dellaira

SINOPSE: Prestes a começar o ensino médio, Laurel decide mudar de escola para não ter que encarar as pessoas comentando sobre a morte de sua irmã mais velha, May. A rotina no novo colégio não está fácil, e, para completar, a professora de inglês passa uma tarefa nada usual: escrever uma carta para alguém que já morreu. Laurel começa a escrever em seu caderno várias mensagens para Kurt Cobain, Janis Joplin, Amy Winehouse, Elizabeth Bishop… sem nunca entregá-las à professora.
Nessas cartas, ela analisa a história de cada uma dessas personalidades e tenta desvendar os mistérios que envolvem suas mortes. Ao mesmo tempo, conta sua própria vida, como as amizades no novo colégio e seu primeiro amor: um garoto misterioso chamado Sky.
Mas Laurel não pode escapar de seu passado. Só quando ela escrever a verdade sobre o que se passou com ela e com a irmã é que poderá aceitar o que aconteceu e perdoar May e a si mesma. E só quando enxergar a irmã como realmente era - encantadora e incrível, mas imperfeita como qualquer um - é que poderá seguir em frente e descobrir seu próprio caminho.

COMENTÁRIO: É um dos lançamentos mais recentes da editora, tão recente aqui quanto em seu país de origem. Soube de "Love Letters to the Dead" em uma newsletter do Goodreads e pelos comentários de alguns Booktubers, o caráter da história já me chamou a atenção. Então eu soube que seria lançado aqui e ele foi imediatamente para minha lista de desejados! Li pouquíssimos livros epistolares e esse parece ter sido muito bem desenvolvido. Vi uma resenha recente e o texto me emocionou muito, espero poder ler "Cartas de amor aos mortos" e ter uma experiência semelhante.

2- Coração de Tinta – Cornelia Funke

SINOPSE: Há muito tempo Mo decidiu nunca mais ler um livro em voz alta. Sua filha Meggie é uma devoradora de histórias, mas apesar da insistência não consegue fazer com que o pai leia para ela na cama. Meggie jamais entendeu o motivo dessa recusa, até que um excêntrico visitante noturno finalmente vem revelar o segredo que explica a proibição.
É que Mo tem uma habilidade estranha e incontrolável: quando lê um texto em voz alta, as palavras tomam vida em sua boca, e coisas e seres da história surgem como que por mágica. Numa noite fatídica, quando Meggie ainda era um bebê, a língua encantada de Mo trouxe à vida alguns personagens de um livro chamado Coração de tinta. Um deles é Capricórnio, vilão cruel e sem misericórdia, que não fez questão de voltar para dentro da história de onde tinha vindo e preferiu instalar-se numa aldeia abandonada. Desse lugar funesto, comanda uma gangue de brutamontes que espalham o terror pela região, praticando roubos e assassinatos. Capricórnio quer usar os poderes de Mo para trazer de Coração de tinta um ser ainda mais terrível e sanguinário que ele próprio. Quando seus capangas finalmente seqüestram Mo, Meggie terá de enfrentar essas criaturas bizarras e sofridas, vindas de um mundo completamente diferente do seu.

COMENTÁRIO: A primeira vez que ouvi falar em “Coração de Tinta” foi quando assisti ao filme, na época não fazia ideia de que era uma adaptação literária. Adorei a premissa da história. Depois de um tempo o nome de Cornelia Funke começou a repercutir à minha volta: amigos, blogueiros, todos admirados com a narrativa e a criatividade de Funke. Que motivo mais eu preciso para desejar ler “Coração de Tinta”? Entretanto, o livro é o primeiro de uma trilogia e eu ainda não encerrei minha cota de séries no momento, apesar de ter feito alguns progressos. Mas pretendo ler na primeira oportunidade.

3- O histórico infame de Frankie Landau-Banks – E. Lockhart

SINOPSE: Aos catorze anos, Frankie Landau-Banks era uma menina como qualquer outra. Gostava de ler, participava do Clube de Debates, cuidava de seus hamsters e era a princesinha da família. Mas, nas férias de verão, enquanto passava a maior parte do tempo no quintal, deitada na rede lendo contos de Dorothy Parker e tomando limonada, Frankie se transforma: de repente surge uma garota cheia de curvas, com uma beleza inusitada. E é com esse novo visual que, na volta às aulas para seu segundo ano na tradicional e competitiva Alabaster, Frankie deixa Matthew Livingston, o cara mais popular do colégio, de queixo caído.
Mal acreditando no que estava acontecendo, ela começa a namorar Matthew e é apresentada ao seu círculo de amigos do último ano. Frankie se apaixona não só por ele, mas também por todo aquele universo: as piadas internas, a camaradagem entre eles e a liberdade total daqueles garotos com tanto status na escola.
O único problema é que, por mais que se esforce para fazer parte daquele mundo tão atraente, Frankie está sempre se sentindo inferior aos garotos do grupo, principalmente em relação a Alfa, o melhor amigo de Matthew. A gota d’água vem quando ela descobre que Matthew pertence à Leal Ordem dos Bassês: uma sociedade secreta que há várias gerações prega peças pela escola - e não permite que garotas se juntem ao grupo. Mas Frankie não irá se conformar em ser deixada de fora. Inteligente, esperta e calculista, dará um jeito de manipular a sociedade secreta e provará que é muito mais do que uma menina bonita que namora um garoto popular. Entre uma pegadinha e outra, ela levantará discussões sobre gênero e poder, indivíduos e instituições, e ainda tentará descobrir se é possível se apaixonar por alguém sem abrir mão de si mesma.

COMENTÁRIO: A primeira coisa que chamou a minha atenção foi o título, depois a capa que é bastante singular. Mas a sinopse não me chamou tanta atenção, não. Achei bastante comum, até ler o que propunha sua última frase. Mas foi apenas depois de ler algumas resenhas bem interessantes que o livro entrou mesmo para a minha lista de desejos.

4- Aristóteles e Dante descobrem os segredos do universo – Benjamin Alire Sáenz

SINOPSE: Dante sabe nadar. Ari não. Dante é articulado e confiante. Ari tem dificuldade com as palavras e duvida de si mesmo. Dante é apaixonado por poesia e arte. Ari se perde em pensamentos sobre seu irmão mais velho, que está na prisão.
Um garoto como Dante, com um jeito tão único de ver o mundo, deveria ser a última pessoa capaz de romper as barreiras que Ari construiu em volta de si. Mas quando os dois se conhecem, logo surge uma forte ligação. Eles compartilham livros, pensamentos, sonhos, risadas - e começam a redefinir seus próprios mundos. Assim, descobrem que o amor e a amizade talvez sejam a chave para desvendar os segredos do Universo.

COMENTÁRIO: Também é um lançamento recente e o título com referências filosóficas chamou minha atenção, mas também repeliu um pouco meu lado “aluna que não curtia filosofia”. Mas como acontece com todos que vivem cavando a fundo o mundo dos livros eu garimpei mais informações sobre o tal livro. Uma pessoa em particular encheu tanto a bola desse livro por aí a fora que eu fui voluntariamente compelida a adicioná-lo aos meus desejados! Oi Adriano!!!

Laços de Sangue – Richelle Mead

SINOPSE: O trabalho de Sydney Sage não é nada fácil: ela e seus colegas alquimistas são os únicos no mundo todo que sabem que vampiros existem para além das telas de cinema - e são uma ameaça real à humanidade. Para manter a ordem, eles devem impedir, a qualquer custo, que esse segredo vaze e que os reles mortais se aproximem desses seres perigosíssimos.
Mas agora a paz que os alquimistas vêm garantindo há tempos está prestes a desabar, e Sydney, para o bem de todos os humanos, terá de passar a proteger vinte e quatro horas por dia a princesa vampira Jill Dragomir, ou uma guerra pelo trono eclodirá no mundo dos vampiros, trazendo consequências avassaladoras para os homens. E defender alguém que até então era alvo de seu desprezo será mais difícil do que Sydney imaginava...


COMENTÁRIO: “Laços de Sangue” é o primeiro volume da Série Bloodlines, spin-off da série Academia de Vampiros. Eu não li a série original, mas tenho amigas que são loucas por ela, mas  por alguma razão eu me interessei mais pelo spin-off. Vi muitas resenhas excelentes e há tempos não leio histórias sobre vampiros, além disso a narrativa de Richelle é muito elogiada, fácil, fácil ela entrou na minha lista de desejos!

26 de julho de 2014

Divulgação #15: Entrevista com o Grupo União dos Autores + Game, Parte 3 (fim)

Os talentosos autores que compõem o grupo "União dos Autores" responderam a duas perguntas bastante significativas para esses universo literário. Para mim, conhecer as pessoas que criam essas histórias tornam minha leitura mais significativa e próxima. É assim com vocês também? Bom, além disso eu trouxe uma brincadeira para vocês: precisam montar os quebra-cabeças para descobrirem as capa das obras!

As perguntas foram

1 - Que conselhos você daria para quem está iniciando a carreira de escritor?

2 - Qual gênero/ estilo você escreve?


Mariana Sgambato, autora de "Lembre-se de Morrer"

1. O conselho mais valioso que posso dar é estude, estude estude, escreva, escreva e escreva. Escreva sem parar. Tornar-se um autor profissional requer dedicação, é metade criatividade e metade esforço, você precisa se policiar, cumprir metas e planejar bastante, mas também tem que deixar fluir e se expressar.

2. Romances Jovem-Adulto e Fantasia Urbana.




Cristina de Azevedo, autora de "Nacqua"

1. Ser escritor vai muito alem do que simplesmente escrever, é amar o que faz, pois o caminho é cheio de pedras, tem muitos desafios, e quando se faz algo por amor é mais fácil de superar as adversidades, então meu primeiro conselho é tenha certeza de que é exatamente isso que quer, se for caso, enfie a cara e vá em frente e não desista nunca. 

2. Eu escrevo fantasia, romance, sobrenatural, aventura e ficção.




L. M. Gomes, autora de "Os Amores de Lú"
1. Leia bastante, ler te traz perspectivas diferentes. Seja humilde e aceite conselhos, sejam eles sobre ortografia ou enredo. Nunca pense que sabe de tudo. Constante aprendizado são as palavras de ordem.

2. Meus livros publicados são do gênero erótico, mas escrevo romances também.





Maribell Azevedo, autora de "Amor no Ninho"

1. Vai ser difícil. Muito difícil. Escolha cautelosamente com quem trabalha, editoras sérias e bons profissionais fazem toda diferença. E se você não for completamente apaixonado pela profissão, desista agora. Ela exigirá cada grama da sua fé e trabalho.


2. Romance, drama, sobrenatural.





A seguir...


25 de julho de 2014

Pick Some Pictures #2: Picture Challenge - Livros, no Instagram em Agosto!

Oi amigos! Há meses eu não faço uma postagem para a coluna do PSP, não é mesmo? Mas agora eu encontrei uma oportunidade muito legal para "ressuscitá-la".

A Sarah do blog Endless Poem e a Kel do blog Paradise criaram um desafio pictórico para o mês de agosto. É uma brincadeira para leitores no Instagram. Postar uma foto por diariamente, durante 30 dias no mês de Agosto, segundo os temas de cada dia. Mesmo eu não sendo uma fotógrafa nem um pouco talentosa, achei interessante a atividade que desafia nossa criatividade e vou tentar participar. 

Espero conseguir inspiração para as 30 fotos, mas não garanto nada! Quem quiser acompanhar é só seguir o Instagram do Blog que é o meu também, porque eu e o ATLT somos um só! E fiquem à vontade para participar também. Aliás, para estimular nosso empenho as garotas vão sortear um kit de marcadores entre os que conseguirem postar as 30 fotos, se quiser participar é só clicar AQUI.

Espero por vocês!


Especial #21: Semana O Ciclo da Morte - Entrevista + Conto EXCLUSIVO!



Primeiramente, hoje é um dia especial para o mundo literário e para a humanidade em geral. Hoje é uma data para lembrar a importância dos escritores. Pessoas que registram acontecimentos, ideias, histórias para que pensamentos e conhecimentos não se percam, para que a vida seja lembrada constantemente, porque às vezes, mesmo vivendo, esquecemos dela ao nosso redor.


Além disso, nós, leitores, sequer existiríamos se não fossem essas pessoas capazes de lidar com as caprichosas palavras, alimentando nossos desejos, nossas vidas. Parabéns queridos escritores! 


Agora, vamos chegando ao fim dessa semana. O lançamento do livro "O Ciclo da Morte" será hoje, no evento da Semana do Livro Nacional em Belo Horizonte-MG, e para fechar com chave de ouro, vamos angariar mais algumas informações sobre o livro! 



Entevista


1- Quem é Thais Lopes ? (Yasmin, Miih e o Mundo Literário)

Thais Lopes: Uma louca sonhadora, que não sabe viver sem seus livros e sua música. Sou uma pessoa que acima de tudo quer viver, aproveitar todas as chances e oportunidades que tiver, e correr atrás dos meus sonhos e daquilo em que acredito, sem me importar se dizem ser difícil ou até mesmo impossível.

2- Como surgiu a ideia desse livro? (Suelen, Era Uma Vez Um Livro)

Thais Lopes: De uma conversa no celular, com uma amiga. Brincando, ela perguntou “imagina dividir o apartamento com um vampiro?” e 5 minutos depois eu estava escrevendo a cena da primeira conversa de Lucio e Kelene no apartamento. E então uma amiga postou o começo de um livro dela (Amor e Morte, da Letícia Marques) e a ideia terminou de criar forma.

3- O momento mais crucial na criação de O Ciclo da Morte?  (Yasmin, Miih e o Mundo Literário)

Thais Lopes: Quando eu entendi qual era a relação da Kelene com o Inominável. A partir daí tudo virou praticamente uma bola de neve, todos os detalhes se encaixando e fazendo sentido.

4- O que os leitores devem esperar do seu livro? Muito romance? Muita ação? De seu ponto de vista.  (Yasmin, Miih e o Mundo Literário)

Thais Lopes: Eu não escrevo romance, não no sentido de montar a história já pensando no casal ou no triângulo amoroso ou qualquer coisa do tipo. Eu tenho histórias a contar, e acontece de elas terem alguma coisa de romance no meio. Então falando assim, eu diria que, com certeza, mais ação que romance.


5- O que você espera que leitores sintam ao ler o seu livro? (Suelen, Era Uma Vez Um Livro)

Thais Lopes: Espero que consigam mergulhar na história, da mesma forma que eu mergulho quando estou escrevendo, e que consigam tirar dela alguma coisa para levar para a vida (ser fantasia não impede isso haha)

6- Qual é personagem favorito? Por quê? (Karyne, My Little Metaphor)

Thais Lopes: Semele. Pela força que ela tem, a forma de sempre seguir em frente não importa o que aconteça. Ela não pára para pensar, ela simplesmente vai e faz. Ela apareceu pouco em O Ciclo da Morte, mas vão ver mais dela no próximo.

7- Qual a sua frase favorita?  (Suelen, Era Uma Vez Um Livro)

Thais Lopes: “É preciso ser um bardo antes de ser um sacerdote, pois a música é uma das chaves para as leis do universo.” – Marion Zimmer Bradley

8- Uma frase para o Dia do Escritor? (Bia, Malucas Por Leitura)

Thais Lopes: Criar vidas, viver sonhos... Não apenas uma profissão ou um dom, mas sim uma paixão.

Conto Exclusivo!



Esta cena se passa 2 anos antes da história de O Ciclo da Morte, e foi escrita para a semana de divulgação do lançamento do livro. Foi uma das primeiras cenas com a Kelene que escrevi (rascunhei), e me ajudou bastante a entender a personalidade dela, mesmo não tendo entrado no livro.

Aniversário

A vida é feita de escolhas. E cada uma delas tem o potencial para afetar não apenas a nossa própria vida, mas também a de todos ao nosso redor. Eu deveria ter me lembrado disto. Nunca se escapa das consequências, não importa quando tempo se passe.
Engolindo as lágrimas, eu olhei para meu celular mais uma vez. Dezenove chamadas não atendidas. E este número só iria aumentar. Não era para ser assim. Este dia deveria ser feliz, cheio de comemorações. Meu aniversário de dezoito anos. Ao invés disso, eu estava pagando o preço pelas minhas escolhas.
Meus pais estavam mortos. Eu tinha sido acordada pelo toque do celular, a voz impessoal do outro lado me dando a notícia. Um acidente de carro, disseram. Eles haviam morrido na hora.
Eu tinha me esquecido... Ou melhor, tivera esperanças de que apenas eu seria afetada. Ilusão. Tinha feito minha escolha, renovado um juramento que eu sabia que me prenderia por toda a minha vida, mais uma vez.
“Você saberá quando chegar a hora de fazer sua parte.”
As palavras frias da Morte estavam gravadas em minha memória. Eu só não tinha esperado que outras pessoas pagassem por minha escolha.
- Kelene?
A voz que me chamava era familiar, e eu levantei a cabeça para encarar Artur. Um colega da faculdade, apenas isto. Ele hesitou, antes de vir se sentar ao meu lado.
- Eu soube. – ele murmurou. – Não imaginei que te veria aqui hoje.
- Não, eu deveria estar no velório, não é? – minha voz era amarga, eu sabia que a culpa era minha, mesmo que ninguém mais suspeitasse. – Assistir enquanto todos aqueles abutres fingem se importar comigo, fingem que se importavam com meus pais, mas no fim das contas só querem estar próximo de quem tem o dinheiro.
Kelene
Artur arregalou os olhos, mas não discutiu. Era por isto que tínhamos nos tornados amigos, até certo
ponto. Ele também percebia os jogos de interesse e os desprezava.
O celular vibrou, e eu o desliguei. Não atenderia as ligações de condolências. Não responderia aos que perguntavam onde eu estava. Eu não tinha o direito de estar no velório, nem de chorar por eles. Um acidente, diziam. Mas eu entendia. Aquilo era apenas uma forma conveniente de disfarçar o que realmente acontecera, esconder qualquer estranheza.
A Morte sabia que eu entenderia o recado.
Balançando a cabeça, eu me levantei, sem falar nada. Ainda senti os olhos de Artur nas minhas costas enquanto ia em direção à saída da faculdade.
Era hora de cumprir minha parte do acordo.