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20 de janeiro de 2014

Resenha #2: Silêncio - Becca Fitzpatrick




Título/Título original: Silêncio / Silence

Autor: Becca Fitzpatrick
Editora: Intrínseca
Ano de lançamento: 2012
Status: Livro em série
#1 Sussuro
#2 Crescendo
#3 Silêncio
#4 Finale
Páginas: 301
Skoob/Goodreads: Link1 / Link2
Onde encontrar: Saraiva, Submarino, Americanas



Primeiro vou pedir desculpas por não ter resenha dos livros anteriores, já os li há algum tempo e na ocasião não os resenhei, de modo que não conseguiria fazer uma crítica com o mínimo de qualidade sem antes relê-los. Então, o que proponho é resenhar esse volume sem dar spoilers sobre ele, quanto aos anteriores acho que vai ser inevitável.
Pretendo, no entanto resenha-los [depois de relê-los] ou quem sabe fazer uma análise de toda a série depois que finalizá-la. Fique claro que é uma pretensão, não uma promessa.
Esclarecidos esses pontos, vamos ao que interessa: O agonizante, delicioso e sombrio Silêncio.
O Prólogo é torturante e capaz de deixar o leitor bastante agoniado: Patch está preso em uma acordo com o Mão Negra que mantém a Nora em cativeiro. E o líder Néfilin não tem escrúpulos para chantagear o Anjo. Suponho que você já tenha lido Crescendo e, portanto, deve saber que um dos momentos mais esperados no segundo arrastado volume, depois de muitas revelações pesadas, foi interrompido de uma forma nada agradável. Que novidade,não?
Bem, fato é que o Mão Negra sequestrou a Nora, primeiro para ter como manipular o Patch e depois beeeem depois porque acha que ela merece uma lição depois que macular seu sangue ao envolver-se com um Anjo Caído. E quando digo manipular o Patch não falo como um fantoche, porque... Por favor, gente! É o Patch! Mas o Néfilin consegue bastante do que quer, inclusive algo que ele não cogitava conseguir. E ainda no prólogo temos algo triste + revoltante + sangrento = hora de devorar o restante do livro!
Aí vem o primeiro capítulo. Nora está no cemitério, tarde da noite, deitada sobre uma lápide. Vamos ser francos, em outras circunstâncias nem estranharíamos isso, Nora não é uma adolescente com hábitos muito comuns. Etretanto, depois do prólogo, algo não está “cheirando bem” e aí descobrimos: Ela não se lembra de ter sido sequestrada. Aliás, ela não se lembra do verão, não se lembra dos últimos dias antes das férias, resumindo: os últimos 5 meses de sua vida são um completo abismo escuro. Dá pra imaginar o desespero da garota? Está aí uma coisa, ela até que ficou muito controlada.

“Era como se parte da minha memória houvesse sido roubada. Arrancada, destruída, e no lugar houvesse restado apenas um pânico oco. Experimentei um forte sentimento de violação, como se alguém de repente tivesse me empurrado de uma plataforma muito alta. Estava caindo, e temia mais a sensação da queda do que chegar ao chão. Não havia fim; somente o sentimento constante de estar à mercê da gravidade.”

É como se ela acordasse de um sono profundo para descobrir que: perdeu o verão num cativeiro, tem o detetive muito estranho que parece conhecê-la de longa data, todos sentem pena e a estranham por causa do sequestro e da amnésia, Vee deu surto e repele qualquer ser do sexo masculino, um garoto que ela não vê a anos deu um carro novo para ela e, não bastasse, a mãe dela está namorando Hank Millar, ricaço e pai da sua maior inimiga Marcie Millar. Mesmo com todo isso, Nora se esforça para retomar sua vida de onde ela se lembra ter parado, mas convenhamos que isso não é fácil ou remotamente possível.
Ela volta para a escola, briga bastante com a mãe, tenta se apoiar em Vee. Mas não consegue ignorar o vazio em sua mente e nem a reação do seu corpo a certos sentimentos cujas lembranças não existem para que ela possa associar. Em um jantar com sua mãe e Hank, o qual ela planejara ser um desastre para provar o quanto não tolerará aquilo, Marcie aparece e elas têm uma conversa estranha e “amigável”. Marcie quer um colar que seu ex-namorado, que era amigo de Nora, deu a esta para que lhe entregasse. Atordoada com tantos absurdos Nora sai em busca de um telefone público para ligar para Vee e pedir um resgate para longe daquele inferno. Naturalmente, o que Nora encontra é confusão.
Devo citar que, desde que “acordou” Nora se sente perturbadoramente atraída com uma cor: um preto luzente, de uma negritude densa que a assombra e conforta. Isso e as alucinações: palavras, lugares, pessoas. Nesse encontro um tanto intencional com o problema, Nora conhece Jev e então ela descobre que ela, na verdade, reencontrou Jev... Mas quem é Jev? Ahhh! Eu sei, eu sei! Essa cegueira de memória dela é muito mais torturante para nós leitores do que ela jamais pode experimentar!!!! Então, ela percebe que a presença de Jev provoca nela um conflito muito grande, como se suas memórias quisessem desesperadamente ressuscitar do fundo do abismo. Aliás, muita coisa naquela noite provocou uma sensação semelhante. Mas as coisas só vão se esclarecer melhor depois que um velho amigo reaparece.

“- Que história? Eu nem sei do que está falando! Não posso seguir em frente. Quero saber o que aconteceu comigo! Sabe quem me sequestrou? Sabe para onde me levaram e por quê?
- Isso importa?
- Como se atreve? – disparei sem tentar disfarçar a nota ultrajada da minha voz. – Como ousa diminuir a importância do que eu venho suportando?”


Enfim, isso é só o começo da história. Nora ainda vai ter atitudes bastante precipitadas, em outros casos ela vai pensar mais do que deve, mas também vai ter pontos em que ela vai assumir a força e a razão e vai fazer a coisa quase certa. E ela não vai ficar com a exclusividade das culpas ou das congratulações. Alguns personagens tem um bom desenvolvimento aqui, outros reaparecem, e todos vão te surpreender em algum momento.

Muita ação, tensão e reviravolta é o que guarda a leitura de Silêncio. A narrativa de Becca continua densa e dessa vez muito mais forte. Para mim, Silêncio é o melhor volume da série, até agora. Se o cliffhanger de Crescendo te pareceu algum tipo de ilusão, dispa-se do receio e corra para o terceiro volume. Só espero que Finale faça jus ao fim que essa historia merece. Muito em breve pretendo dizer-lhes qual foi o veredito!

Avaliação

 






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